"É impossível multiplicar riqueza dividindo-a"
Adrian Rogers, 1931

sábado, 30 de julho de 2011

A propósito de Lobos e Carneiros



Após algumas considerações e "elaboradas" avaliações, surgiram-me algumas dúvidas regimentais. Ai, as saudades dos belos 50´s, onde a lei seca imperava e por detrás do pano se fazia o que fazem hoje os partidos políticos. Até que ponto Benjamin Franklin tinha razão ao afirmar que "Democracy is not freedom. Democracy is two wolves and a lamb voting on what to have for lunch"? É que nos tempos que correm, começo a desconfiar que o homem tinha razão e eu, tal qual carneiro cego, sigo o rebanho direito para a matança. E agora pergunto-me: é mais útil não votar? Estou farto que certos ditos políticos profissionais e burocratas se metam na minha vida e em assuntos que não lhes respeitam. Eu não posso decidir sobre a vida de ninguém. Quem são eles? Era óptimo que fossem deslegitimados por essa via. Acontece que para esse resultado seria preciso não votar. Votaria contra esta ideia quem acha o contrário, e interpretariam os resultados os mesmos políticos e burocratas. Tem a sua piada, confesso. Independentemente de quantas pessoas votarem, os "eleitos" dizem-se legitimados democraticamente, pelo que a representatividade nunca será desculpa ou grande motivo de preocupação para o sistema. Então, sistema representativo? Bastaria votarem os 10 amigos mais próximos para ligitimarem o sistema e o cidadão político e "superior". Acho que deviamos todos, sem excepção, boicotar as urnas. E não adianta aquela treta do voto em branco, pois esse não tem qualquer consequência jurídica ou política, é só mais uma nota de rodapé nos noticiários e, mesmo que pudesse desligitimar a um nível "místico" qualquer um candidato/pessoa, legitimaria sempre o sistema, do voto. A confusão nessa retórica é misturar exercício de voto com possibilidade de eleger representantes por via democrática. Pode ninguém votar, enojada com a classe política. No dia em que esta tentar eliminar o "direito" de voto, rolam cabeças. Não podemos ter a ilusão que existe tal coisa como "responsabilidade" de ir votar. A não ser uma responsabilidade do invíduo para si mesmo. Acho que com esta abusiva e deselegante classe política, feita de bacocos e interesseiros, deviamos pensar sériamente no que queremos para nós e para o nosso futuro. Já em tempos houve um 25 de Abril. Pelo menos à refeição, não iria ser servido carneiro.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Este Natal quero uma Retro-Escavadora

A única coisa que o PS/A tem feito nos últimos tempos é copiar o Ps nacional. Como? Fácil. Deduziram que, não sei como nem em que honra de que santo, é mais fácil criticar a oposição, que, em alguns casos, até se tem prestado a apresentar soluções bastante interessantes, sendo que se torna difícil é mostrar serviço. É natural que assim seja, tendo em conta o buraco em que se encontra a Região, à custa do próprio PS. Mas, tal como os seus compatriotas continentais, a culpa desta "salsalhada" toda é da oposição irresponsável que tivemos ao longo destes fatídicos 16 anos. Estou farto de ver esta classe pouco classificada chamar de burros aos Açorianos. Está na altura de deixarem de cavar o buraco, que este já vai fundo que baste. Fundo para os Açores e fundo para o PS/A. E é fácil constatar isso. Ora vejamos: Carlos César - pouco ou nada aparece; inaugura umas obras, dá a cara em alguns eventos sociais, pouco mais se importa. José Contente - pensa que ainda pode fazer alguma coisa, mas já vai tarde. A arrogância e o ar de superioridade já não convence ninguém. Vasco Cordeiro - cada vez mais se assume como o "menino bonito" do PS/A, mas a chumbar bons projectos e a favorecer os bois, é natural que não tenha grande futuro. No meio disto tudo, ainda aparecem algumas personagens interessantes. Berto Messias é promissor, se se rodear das pessoas certas, com certeza. Bruno Pacheco lá vai sacudindo a água do capote, uma festa aqui, uma pousada ali e a carruagem lá vai rolando. Novas aquisições (forçadas... não, forçadíssimas!) Francisco César - está na hora de voltar para a escola, por dois motivos sensatos: 1- aprender alguma coisa de útil; 2- a ver se lhe passam os ataques de Bullying. É este o futuro? Quem não souber rezar é bom que aprenda.

A integridade é uma "cena" que a mim não me assiste

Ainda a propósito do Vice-Presidente do GRA (Governo Regional dos Açores), é perfeitamente natural que não se demita. Para os políticos profissionais, é complicado abdicar da única coisa que sempre souberam fazer, mesmo que muito mal e muito deficientemente. Manuel Pinho, por um gesto muito menos ofensivo e até com alguma piada, demitiu-se, relevando a sua integridade como ser humano errante, bem como político. Já diz a sabedoria popular: "a cada cabeça a sua sentença". Resta saber se a integridade, ao Sr. Vice-Presidente, é "algo que lhe assiste".

terça-feira, 12 de julho de 2011

Sérgio Ávila deve pedir a sua demissão


"Recados com amor: Maria Corisca"

Artigo publicano no Correio dos Açores online
"11 Julho 2011 [Sociedade]
Meus Queridos! Eu nem queria acreditar na notícia que ouvi dando conta que o Vice - Presidente do Governo Sérgio Ávila havia lançado o epíteto de “deficiente” ao Deputado Clélio Menezes, vice - presidente da bancada social democrata. Não me contaram os contornos da discussão, mas sempre me ensinaram que em política discute-se com paixão, mas com decoro e respeito pelo interlocutor. Nunca vi o debate político chegar tão baixo. O ataque do Vice - Presidente do Governo é um acto desesperado que só usa quem não tem razão ou por quem não tem argumentos para contraditar o adversário. O Ministro Pinho foi demitido pelo Primeiro Sócrates por uma imagem que atingiu a dignidade da Assembleia da República e o insulto de Sérgio Ávila atingiu um deputado dentro da Assembleia e todos os que padecem de qualquer deficiência. Assim não… Assim isso tem outro nome que me escuso dizer porque não quero tomar parte... por nenhuma das partes... Fico à espera para ver o que farão os Presidentes…."